1 de dezembro de 2013

Ainda sou como aquela Nota de R$100



Boa Noite pra você também!
Será que ainda passa aqui pra ver se escrevo algo sobre ti? Por acaso ainda tem a presunção de achar que penso em você?
Pois está certo, penso sim...horas bem, horas mal.
Mas já não sangra, já não corrompe a alma e lembrar de você não me faz querer sucumbir a vontade de reviver um momento que seja, mesmo aqueles que julgava serem os melhores.
Tem dias que são especialmente mais difíceis que os demais, tem dias que sua lembrança é tão discreta que quase passa despercebida e sinceramente nem faria falta...não faria se você não tivesse existido. Mas agora, de verdade? Nem faz diferença!
Essa semana levei um dos tantos golpes que a vida as vezes nos dá...mas aqueles que ocorrem em um dia difícil de trabalho onde um objetivo não é alcançado e no fim do dia se tem alguém pra conversar, esse era você, e me lembrei de um diálogo interessante em que você me acalmava após uma grande decepção dizendo que uma nota de R$100 mesmo amassada no bolso de uma calça, mesmo empoeirada por estar no chão, mesmo que molhada por acidente ainda assim ela seria uma nota de R$100, e que eu era essa nota...que mesmo apesar dos pesares eu não havia perdido meu valor.
Confesso que lembrar disso me fez bem e ao mesmo tempo me deu uma dorzinha bem lá no fundo, uma dorzinha que nem eu imaginava que voltaria a sentir com uma lembrança sua.
Mas a vida é isso, nem de todo mal uma pessoa é feita...cada um que entra em outra vida deixa algo com a pessoa e leva algo dela.
Você me deixou algo bom, como essa lembrança, e me pergunto o que de meu tem em você? Será que se lembra dos meus sermões, será que usa as minhas frases? Será que se apossou dos meus trejeitos como se sempre tivessem sido seus? Será que debate os assuntos como eu fazia, fazendo das minhas idéias as suas?
O que de meu há me você? Pois as vezes sinto uma falta de mim mesma. Ainda me incomoda acordar e não ter aquela ligação, me incomoda resolver certos problemas que se tornavam seus também, aqueles cafés da tarde regado de boas conversas. Perco minha referência as vezes e chego a pensar que você me levou por inteira contigo e me sobrou muito pouco, quase nada, de mim mesma para mim. E isso não porque penso em você, na verdade são poucos os momentos que você me vem a cabeça, mas é realmente estranho sentir essa ausência de mim mesma, assim meio que involuntariamente e sem grandes reflexões, quando me dou conta vejo que não estou em mim mas vendo bem nem estou em você. Mas acredito que talvez nunca mais eu seja a mesma e talvez essa seja a grande vantagem.
Não confunda o que estou dizendo...não quero tê-lo em minha vida além do que você já está que é o seu lugar, no passado sendo apenas uma lembrança.
Só estou dizendo que sim...eu continuo sendo como aquela nota de R$100 apesar de tudo que me fez, e você?

Posted by   D. Rigby



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